Programação Agosto!

Por que tanta paixão? Por que tanto medo?

Segunda- feira 10/08,17/08,24/08 e 31/08; às 20:30hs. valor 250,00

Questionaremos a existência de um sentimento amoroso independente do contexto cultural. Veremos que, hoje em dia, o amor, principalmente sob a forma da paixão, tornou-se um problema mal resolvido para o qual se prescreve todo o tipo de panacéia. Para Freud, Eros se coloca no centro da teoria e no coração da transferência analítica. Acompanharemos a obra de Freud, nos primórdios, com o tratamento das histéricas pela dissipação da paixão. Situaremos o momento em que Freud descobre a paixão inesgotável (pulsão de morte) como fonte criadora do sujeito. Discutiremos, então, a necessidade de acolhida da paixão dos analisantes de nossa época.

1 - Um amor ou vários amores: de Platão à Modernidade. O amor na atualidade: fármacos e terapias na cura da paixão;
2 - Freud e a cura pelo amor de transferência. O tratamento das neuroses: oferta de novos sentidos para o sofrimento do apaixonado;
3 - Freud descobre a paixão criadora: a reviravolta teórica dos anos 20;
4 - A análise hoje: construção de um lugar seguro para a paixão. A paixão como maneira de amar.

Eduardo Rozenthal Doutor em saúde coletiva pelo Instituto de Medicina Social (IMS-UERJ), professor da pós-graduação da Universidade Santa Úrsula (USU-CEPCOP) e membro psicanalista da Sociedade de Psicanálise Iracy Doyle (SPID).

Cinema e Psicanálise: O prazer de ver imagens em palavras.

Terças (04/08, 11/08, 18/08 e 25/08) às 17hs. valor 250,00

Os encontros pretendem abordar a interface entre teorias psicanalíticas e a forma cinematográfica, através de uma reflexão sobre os conceitos básicos do pensamento freudiano em confronto com a linguagem que o cinema desenvolveu a partir do pensamento em imagens. Em diretores como: Buñuel, Hitchcock, Alain Robe-Grillet, Orson Welles, Sartre, John Huston e Alain Renais.

1 Origens históricas do cinema, 1895. O filme é um sonho coletivo?

2 O sonho é silencioso e o cinema silencioso também era. Oposição entre cinema e psicanálise”. O cinema falado é o grande culpado? Ou o “tratamento pela palavra” não pode ser visualizado?

3 O inconsciente é representável na tela? A realidade psíquica é uma ficção?

4 Freud representado no cinema.

Luiz Fernando Gallego, psicanalista e membro da associação de críticos de cinema RJ.


Antonin Artaud e o Corpo em risco: vida e morte em tempos de tirania da corporalidade perfeita

Quarta –feira, 05/08, 12/08, 19/08 e 26/08 às 19:30. valor R$250,00

É freqüente ouvir que o Corpo tem sido lembrado na contemporaneidade, depois de séculos de esquecimento, mas trata-se de um corpo que, julgado perfeito, é na realidade o resultado de um modelo de corporalidade esvaziado. O roubo do vitalismo social pelas instituições de poder como forma de controle ainda permanece, mas mascarado pelo culto de um corpo artificial e insensível, devido ao excesso de estímulos a que é submetido. Prisioneiro destes modelos ideais, o Corpo com sua expressão singular, sua capacidade de sensibilização própria, fica seriamente comprometido. Mas como criar novos Corpos de sensibilidade que combatam este modelo de domínio social, político e cultural que limita os corpos? Que outros espaços são possíveis para a criação de vida?

Este curso buscará investigar a dicotomia vida e morte a partir da obra de Antonin Artaud em sua busca por um Pensamento do Corpo que deve resistir às ditaduras da corporalidade perfeita; se afirmando para além dos binarismos e pressões sociais, culturais e políticas para que o corpo mantenha-se sempre em forma (ou em fôrma).

1: O lugar do corpo frente à separação entre cultura e vida - nas vanguardas históricas e nos dias de hoje.

2: Antonin Artaud e o combate à homogeneização dos corpos operado/operada por uma cultura afastada da vida. Para acabar com o julgamento de Deus.

3: A Arte e os novos Corpos de sensibilidade (Antonin Artaud). O Atletismo afetivo (Antonin Artaud).

4: Políticas de combate: o Corpo sem órgãos (Deleuze e Guatarri), o Corpo em risco e o Corpo Corajoso.

Alluana Ribeiro. Mestranda em Estudos de Literatura, PUC Rio


Fernando Pessoa e a Metafísica das Sensações

Quinta-feira 06/08, 13/08, 20/08 e 27/08 às 19:30hs. valor 250,00

Existem artistas que além de criar obras , teorizam sobre aquilo que se faz. Fernando Pessoa é um desses artistas.

Na obra de Fernando Pessoa encontramos ao lado dos poemas, textos que explicitam o seu processo criativo. Nestes textos, Fernando Pessoa chama a sua arte poética de sensacionismo, uma lógica das sensações, onde a criação é um só tempo, composição de poemas e invenção de personagens, os devires do criador.

Neste curso explicitaremos o processo criativo a partir da análise dos textos e dos poemas.

1-O Laboratório poético.
2-A criação dos heterônimos.
3-A composição, a metafísica das sensações e ontologia das diferenças.
4-Fernando Pessoa e Deleuze: Heterônimos e os devires, corpo sem órgãos e sensação, obra de arte com experimentação.

Auterives Maciel professor da PUC, Mestre em filosofia Doutor em teoria psicanalítica UFRJ


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